Há exatos 50 anos, no dia 7 de abril de 1968, o Bangu vencia o Fluminense por 2 x 0, no Maracanã, com uma grande atuação do atacante Prado, que marcou os dois gols da vitória banguense.
Prado no Morumbi, em 1965, em treino da seleção Brasileira. |
Dos seis primeiro jogos do Bangu no campeonato Carioca de 1968, eu só havia assistido a um, pela terceira rodada, na vitória de 4 x 2 sobre o São Cristóvão, no Estádio Proletário, justamente o jogo de estréia do Prado. O Bangu vinha de duas derrotas (Olaria e Flamengo) e essa vitória contra a equipe cadete deu algum ânimo ao time e à torcida.
Por outro lado, se o Bangu havia sido derrotado pelo Olaria na Rua Barri, na 1ª rodada, por 3 x 1, o Fluminense perdera para o Bonsucesso nas Laranjeiras, na 2ª rodada, pelo mesmo placar. Diante de tudo isso, mesmo não podendo ter assistido aos jogos da 4ª, 5ª e 6ª rodadas (vitória sobre o Campo Grande, derrota para o Vasco e empate com o Bonsucesso), me sentia entusiasmado para assistir ao clássico do domingo, contra o tricolor das Laranjeiras. Além do mais o atacante Prado, que já havia jogado quatro partidas, ainda não havia feito gols; se tudo corresse bem para o Bangu, talvez o Prado marcasse um golzinho e o Bangu vencesse por 1 x 0, compensando meu sacrifício.
Com esse estímulo, almocei cedo naquele domingo, 7 de abril de 1968 e parti para o Maracanã. O "maior do mundo" estava bonito, colorido, com um bom público (o borderô assinalou mais de 31.500 espectadores). Haviam muitos banguenses nas arquibancadas, muitas bandeiras alvirrubras e algumas faixas. Eu, curto de grana, apelei para a "geral" (a arquibancada custava NCr$ 3,00 e a "geral" NCr$ 1,00); hoje parece insignificante a diferença, mas naquela época era uma "fortuna" para mim.
Enfim o jogo começou; na "geral" não dava para se ver muito bem a movimentação em campo, mas dava pára perceber que o Bangu estava bem, se não ótimo, mas estava determinado a obter um bom resultado. O Prado, que nos seis jogos anteriores, por falta de condições atléticas, vinha sendo sempre substituído pelo velho Sanfilippo ou pelo jovem Dé, nesse domingo demonstrava que, emfim, estava em forma e se movimentava muito no ataque banguense, sempre assessorado pelo Fernando, pelo Mário Tilico (o pai) e pelo Aladim.
A defesa tricolor suportou bem os ataques banguenses e a defesa alvirrubro conseguia neutralizar as iniciativas de ataque do Fluminense. Assim o primeiro tempo terminou com um zera a zero falso.
Para o segundo tempo o técnico alvirrubro, Plácido Monsores, modificou o posicionamento do meio campo e do ataque. Prado se posicionou para melhor receber a bola e arrematar a gol; o Bangu atacava insistentemente e enfim, aos 9 minutos, o atacante banguense marcou o seu primeiro gol com a camisa do Bangu.
O Fluminense se desestabilizou, tentou o jogo de "abafa", mas o Bangu era melhor e se defendia com tranquilidade, produzindo bons conta ataques. Era nítida a supremacia banguense na segunda etapa do jogo e esse domínio foi confirmado aos 37 minutos, quando Prado marcou o seu segundo gol na partida, decretando a vitória banguense por 2 x 0. Enfim o Bangu tinha um artilheiro.
SÚMULA DE JOGO:
Placar: FFC 0 x 2 BAC.
Com esse estímulo, almocei cedo naquele domingo, 7 de abril de 1968 e parti para o Maracanã. O "maior do mundo" estava bonito, colorido, com um bom público (o borderô assinalou mais de 31.500 espectadores). Haviam muitos banguenses nas arquibancadas, muitas bandeiras alvirrubras e algumas faixas. Eu, curto de grana, apelei para a "geral" (a arquibancada custava NCr$ 3,00 e a "geral" NCr$ 1,00); hoje parece insignificante a diferença, mas naquela época era uma "fortuna" para mim.
Enfim o jogo começou; na "geral" não dava para se ver muito bem a movimentação em campo, mas dava pára perceber que o Bangu estava bem, se não ótimo, mas estava determinado a obter um bom resultado. O Prado, que nos seis jogos anteriores, por falta de condições atléticas, vinha sendo sempre substituído pelo velho Sanfilippo ou pelo jovem Dé, nesse domingo demonstrava que, emfim, estava em forma e se movimentava muito no ataque banguense, sempre assessorado pelo Fernando, pelo Mário Tilico (o pai) e pelo Aladim.
A defesa tricolor suportou bem os ataques banguenses e a defesa alvirrubro conseguia neutralizar as iniciativas de ataque do Fluminense. Assim o primeiro tempo terminou com um zera a zero falso.
Para o segundo tempo o técnico alvirrubro, Plácido Monsores, modificou o posicionamento do meio campo e do ataque. Prado se posicionou para melhor receber a bola e arrematar a gol; o Bangu atacava insistentemente e enfim, aos 9 minutos, o atacante banguense marcou o seu primeiro gol com a camisa do Bangu.
O Fluminense se desestabilizou, tentou o jogo de "abafa", mas o Bangu era melhor e se defendia com tranquilidade, produzindo bons conta ataques. Era nítida a supremacia banguense na segunda etapa do jogo e esse domínio foi confirmado aos 37 minutos, quando Prado marcou o seu segundo gol na partida, decretando a vitória banguense por 2 x 0. Enfim o Bangu tinha um artilheiro.
SÚMULA DE JOGO:
Placar: FFC 0 x 2 BAC.
Local: Estádio do Maracanã – Rio de Janeiro, GB.
Renda: Ncr$ 51.808,50.
Público Presente: 31.524 espectadores (21.753 adultos e 9771 menores 9.771 regulamentados).
Renda: Ncr$ 51.808,50.
Público Presente: 31.524 espectadores (21.753 adultos e 9771 menores 9.771 regulamentados).
Árbitro: Armando Marques. / Auxiliares: José Aldo Pereira e Carlos Floriano Vidal de Andrade.
Gols: Prado, aos 9 e aos 37 minutos do seguntd tempo.
Formação do FFC: Félix; Oliveira, Assis, Silveira e Bauer; Denilson e Serginho; Wilton, Oberdan (depois Cafuringa - aos 12 min. do 2º T), Cláudio e Gilson Nunes. O técnico foi Telê Santana.
Formação do BAC: Ubirajara; Fidélis, Mário Tito, Pedrinho e Ari Clemente; Jaime e Fernando; Marcos, Prado, Mário (depois Dé - aos 38 min. do 2º T) e Aladim. O técnico foi Plácido Monsores.
Antonio Francisco Bueno do Prado
Prado foi um grande artilheiro e ídolo do São Paulo FC no início da Década de 1960.
Nascido em Catanduva, SP em 13 de maio de 1940, iniciou sua carreira de jogador de futebol na equipe classista da Associação Atlética Matarazzo(clube das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo) de onde saiu para as equipes amadoras do São Paulo, Sem chances, talvez por sua baixa estatura para um (na época chamado) meia-ponta-de-lança, foi levado por Jair da Rosa Pinto para o CA Bragantino, da cidade de Bragança Paulista, onde assinou o seu primeiro contrato.
O atacante, apesar de sua altura baixa, era muito habilidoso e era extremamente empenhado nos treinamentos e durante os jogos nos quais participava, Suas boas atuações à frente do Alvinegro de Bragança chamaram a atenção do Clube que o liberou ainda jovem para o Bragantino. Ainda no ano de 1961, Prado retornou ao Morumbi, com um bom contrato, com o São Faulo FC.
No tricolor Paulista, o meia-ponta-de-lança jogou durante os anos de 1961 a 1966 atuou em 242 partidas, marcando 121 gols, com a excelente marca de exatamente 1 gol a cada 2 jogos. Foram 129 vitórias, 56 derrotas e 57 empates, durante as seis temporadas em que esteve na equipe do Morumbi.
Em 1967, Prado foi negociado com o Corinthians, mas no time do Parque São Jorge não teve a mesma performance que o tornou ídolo no São Paulo. Em toda temporada jogos apenas 14 partidas, marcando somente 2 gols, muito abaixo sua média no Tricolor Paulista.
Antonio Francisco Bueno do Prado
Prado foi um grande artilheiro e ídolo do São Paulo FC no início da Década de 1960.
Prado no São Paulo FC, em 1961. (Sua primeira temporada no Tricolor Paulista) |
Prado em uma das formações do CA Bragantino, em 1961. (Foi o seu último ano na Equipe de Bragança Paulista) |
Prado em uma das formações do São Paulo FC, em 1965, no auge da sua fase no Cluibe. Em pé: Nenê, Roberto Dias, Tenente, Bellini, Celso e Suli. Agachados: Paraná, Prado, Bené, Fefeu e Biriguí. |
Prado no Corinthians, em 1967. Em pé: Oswaldo Cunha, Ditão, Barbozinha, Clóvis, Dino Sani e Maciel. Agachados: Bataglia, Prado Sílvio, Rivelino e Gilson Porrto. |
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